quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um puxão de orelhas a legisladores desleixados... ou manhosos?



   http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=573404&tm=8&layout=123&visual=61



        Vamos ver agora qual será a reacção da Assembleia da República a esta humilhante reprimenda pública por parte do Chefe do Estado.

         Iremos assistir à reposição da decência e da legalidade, ou a um novo "assalto" da partidocracia do "bloco central" alfacinha, desta vez menos amadorístico?

          Cá estaremos para apreciar, cientes de que Miguel Coelho (PS) e António Proa (PSD) já muito difícilmente conseguirão limpar a imagem de impreparação, superficialidade e "chico-espertismo" que ofereceram a toda a Cidade...
       

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O Cinema português - a falta que ele nos faz




Morreu o Fernando Lopes, Realizador português competente, honesto e bastante sensível...





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 Não tanto a propósito deste infausto acontecimento - e sem prejuízo de me associar à justa homenagem que o Povo português lhe deve prestar -, a sua morte logrou provocar-me uma reflexão sobre a falta que faz, realmente, a existência de uma componente fílmica mais presente e visível na narrativa popular sobre o Portugal contemporâneo, que se ofereça como contraponto, por um lado, à trivialidade e aos estereótipos televisivos e tablóides e, por outro, à excessiva densidade (que, para o Cidadão comum, é quase inacessibilidade) da Literatura e da Arte.


  Um País, uma Sociedade, um Povo, carecem de uma auto-imagem consistente, que não apenas estruture a sua identidade, como sobretudo apoie e sustente a sua própria auto-estima. Em Portugal, desde o final da festa colectiva e do "orgasmo" social constituído pelo 25 de Abril, a narrativa popular tem-se infelizmente vindo a afunilar e a empobrecer, esmagada pela dominância de um discurso tosco, simplista, reverente e enviesado nos meios de comunicação de massas e emparedada por uma efabulação rebuscada e quase indecifrável nas formas de expressão eruditas, sejam elas literárias, dramáticas, ou plásticas.


    O imaginário popular sobre Portugal, nos últimos quarenta anos, pouco evoluíu assim, desde o velho estereótipo do "Zé Povinho" analfabeto, inculto, abrutalhado e matreiro, cujos interesses se confinavam a Fado, Futebol e Fátima - mais uma ou outra Tourada à mistura, incluindo uma, ora envergonhada, ora debochada, brejeirice à la Vilhena... -, para a prevalência do novo paradigma do "Tuga" xico-esperto, fútil, convencido e gabarola, alimentado pelas capas dos diários e semanários de maior tiragem, pelas revistas côr-de-rosa e da "socialite", pelas tele-novelas e pelos "reality-shows" televisivos, que tudo caldeiam, numa mistela intragável de bizarria e banalidade, desde a Política aos Negócios, passando pelo Futebol e pela Justiça, com apetência muito especial pela Criminalidade violenta, ou simplesmente escabrosa (pedofilia, etc.).


     O resultado de tudo isto é uma cada vez mais profunda ignorância popular, não só sobre a realidade atual portuguesa, como igualmente sobre o nosso Passado histórico, muito em particular o mais recente, digamos desde as designadas Lutas Liberais, e que se revela particularmente confrangedora no tocante ao período final da Monarquia e a todo o Século XX, incluindo, como é óbvio, o complexo processo histórico decorrente da agonia e do derrube do designado "Estado Novo".


       É precisamente aqui, na História dos últimos duzentos anos, que a importância do Cinema se revela determinante, como poderoso meio de formação de uma consciência colectiva histórica. Vejam-se nomeadamente o caso dos E. U. A., com toda a mitologia associada ao "nascimento da Nação" e à "conquista do Oeste" (ou do Espaço...), assim como o papel fulcral do Cinema oeste-europeu na formação de uma consciência histórica comum, muito em particular sobre o período das duas Guerras Mundiais, e em especial sobre o Holocausto, ou mais recentemente sobre o fim do sistema Comunista, no Leste europeu, apenas para citar os casos de Cinematografias mais próximas e mais poderosas (mas poderia falar-se, de um modo muito semelhante, àcerca do Cinema japonês, do indiano, do chinês, do iraniano, ou do brasileiro, apenas como exemplos).


       Entre nós, aquilo de que mais se sente a falta é, pois, de uma narrativa cinematográfica sólida, que nos recrie colectivamente na tela, que nos parodie, que nos una, como Cultura e como Língua e, por que não dizê-lo, que contribua para uma certa mitificação de alguns dos nossos personagens ou momentos mais marcantes, enquanto Indivíduos e enquanto Sociedade.


         De certa forma muito eficaz, foi precisamente isso que as Comédias dos anos 30 e 40, com Ant.º Silva, Beatriz Costa, Ribeirinho, Ant.º Vilar, Milú, Vasco Santana, Curado Ribeiro e tantos outros, conseguiram brilhantemente fazer, mas que nunca mais o Cinema português logrou repetir, apesar de alguns breves sucessos de público, muito pontuais e incaracterísticos, e alguns outros de crítica, até internacional, estes contudo demasiado centrados num único Autor e num âmbito de público erudito e, por isso, demasiado restrito, que pouca ou nenhuma contribuição consegue transportar para a construção da tal narrativa histórica popular.


       Perguntei-me algumas vezes por que razão terá de ser assim e chego à conclusão de que tal se ficará a dever, em grande parte (e para além de todas as carências que possam ser atribuíveis à proverbial escassez de meios de produção e à pequenez do nosso mercado cinéfilo, que óbviamente detêm uma grande relevância), a uma gritante falta de adesão da ficção cinematográfica à(s) realidade(s) portuguesa(s), pecha que, muito compreensívelmente, só no Cinema documental se tem felizmente conseguido de certa forma ultrapassar, com um crescente sucesso até, nos últimos anos (e de que, por exemplo, «Torrebela» e «Fantasia Lusitana» são excelentes representantes).


          Pena que os nossos melhores guionistas satíricos televisivos ou radiofónicos, como Ricardo Araújo Pereira e João Quadros, mais recentemente, ou sobretudo o paradigmático Herman José, não tenham ainda conseguido inspirar uma plêiade de argumentistas de Cinema com semelhante acutilância crítica e igual perspicácia analítica (Nicolau Breyner tem-no tentado fazer, mas sem sucesso assinalável), mas o facto indesmentível é que, quem vê uma fita portuguesa do nosso tempo, muito difícilmente nela reconhece Portugal e os portugueses! E isso é lamentável.


     Ao invés, nas comédias de António Lopes Ribeiro, ou de Leitão de Barros, salta à vista essa coerência, essa similitude, essa adesão à realidade social do seu tempo, ainda que eventualmente simplificada, ou estereotipada. Mas a congruência social é bastante patente. Nos diálogos, na representação, nos "décors", nos figurinos, nos adereços, nos argumentos, na própria construção das personagens. E essa congruência, vá lá saber-se porquê, perdeu-se súbitamente, a partir dos anos 50.


        Quem vê um Filme português em que, por exemplo, as personagens principais se chamam "Constança" e "Santiago", fica logo de início com uma incómoda sensação de uma certa "falsificação social"! Que progride depois pela definição das personagens, pelos enquadramentos sociais e históricos, pela linguagem utilizada, pela dicção e pronúncia, pela própria escolha dos actores ("casting") e nunca mais acaba...


        Filmes como "Três Irmãos", ou "Os Olhos da Ásia", são de facto bastante eloquentes sobre tudo o que acabo de afirmar. E o único Autor nacional que conseguiu, de alguma forma, romper o cerco dessa irrealidade visceral, que há décadas corrói por dentro a credibilidade do Cinema português, foi o João C. Monteiro, honra lhe seja feita. Apesar de todos os "tiques" dos seus Filmes, por vezes até irritantes, foi nesse aspecto uma curiosa "andorinha". Mas que, até ver, ainda não trouxe a Primavera...

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Subsídio para a História Contemporânea de Portugal - a perda da "Índia portuguesa"


UMA OUTRA VISÃO DE UM ACONTECIMENTO DIPLOMÁTICO E MILITAR TRAUMÁTICO PARA O PORTUGAL DO ESTADO NOVO.


Nunca é tarde, para nos irmos progressivamente libertando das amarras intelectuais do Fascismo sub-consciente, o tal de que nenhum 25 de Abril, só por si, nos poderia ter libertado. Esta é uma tarefa nossa, individual e colectiva, gigantesca. E se já não estará própriamente por iniciar, está certamente muito longe de se poder dar por concluída...


Espantemo-nos, pois, com este Mundo, do qual fomos privados na altura devida. E façamos uma melhor avaliação de quanto o regime de Salazar nos foi nefasto, sobretudo a partir de 1945!


Não consigo identificar o funcionário público português que aparece a falar, num Inglês muito louvável, para aquele tempo, no final da entrevista. Mas não deve ser difícil descobrir de quem se trata.


Repare-se, ainda, no tom sereno e civilizado em que ambas as entrevistas decorrem e compare-se com o "jurnalismo" atual...


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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

D. DINIS



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Celebraram-se (de forma demasiado discreta, a meu ver...) no Domingo passado, dia 9 de Outubro, os setecentos e cinquenta anos do seu nascimento!

É um dos Reis de Portugal mais admiráveis: apesar de ter infernizado a vida à sua paciente Esposa, a santa Isabel, e de ter mesmo andado violentamente à batatada com os seus Filhos, foi dos poucos monarcas portugueses que efectivamente plantou árvores, fundou uma Universidade, sabia fazer versos e que, muito provávelmente, até compôs música!

Um exemplo raro e que, infelizmente, não frutificou o bastante, nem sequer na sua brava Dinastia, muito menos nas pobres Dinastias seguintes...
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

DINAMARCA, 2 - C. R., 1...

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Portugal afinal não jogou ontem - tirando o seu bravo guarda-redes Rui Patrício, que nos salvou da goleada!

Como é costume, o Aveirinho brilhou e a Selecção fez má figura. Tudo contentinho da Silva. Ainda bem...

Que porcaria, este País de lixo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sociologia, ou Sociografia?

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INTRODUÇÃO AO TEMA


É inquestionável que a Sociedade portuguesa mudou, muito significativamente, desde os tempos do já longínquo pré-25 de Abril (período de transição histórica, políticamente designado por "Primavera marcelista") até aos chamados "dias de hoje", entendendo-se por este impreciso conceito entre aspas o tempo actual, da Sociedade portuguesa "pós-moderna" e "pós-europeia" da primeira década do Século XXI - a qual, quanto a mim, é constituída pelos dez anos quase exactos que medeiam entre a morte simbólica dos "loucos anos noventa" em Portugal, com a tragédia de Entre-os-Rios (no Inverno de 2001), e o derrube do segundo Governo socialista de José Sócrates, em Março de 2011.

Analisar como mudou e, sobretudo, como pode (e vai!) continuar a mudar a nossa Sociedade parece-me ser um tema bastante mais interessante, mesmo no pino do Verão, do que ficar constantemente a falar sobre o tempo, as flutuações da Bolsa de Valores (e dos humores das agências de notação financeira), ou mesmo até do que acompanhar a entediante actividade diária dos agentes políticos e partidários nacionais, que estão hoje para os factores concretos de mutação profunda da realidade social portuguesa, assim como a agitação frenética das partículas de açúcar, dentro de uma xícara de café a ser mexido, estará para os movimentos tectónicos que ocorrem sob a crosta terrestre e que, esses sim, a vão reconfigurando, muito lenta mas irreversívelmente!

Certo, mas para reflectir sobre tudo isto será preciso, em primeiro lugar, munirmo-nos de instrumentos precisos e fiáveis de análise - vou ter de confiar, para já, apenas na minha memória... - e, em segundo, despirmo-nos de todos os enviesamentos irracionais (ou imorais), de ordem ideológica, partidária ("clubística"), confessional, ou meramente oportunística. Tentemos, assim, trilhar nestas despretensiosas reflexões a pista da objectividade e da imparcialidade, pelo menos tanto quanto nos seja intelectualmente possível e éticamente exigível.




BREVÍSSIMA DESCRIÇÃO DAS MUDANÇAS SOCIAIS OCORRIDAS EM PORTUGAL DESDE O 25 DE ABRIL - E UMA QUESTÃO DE FUNDO METODOLÓGICA


Não, não é caso para rir, nem para desistir já de ler!


É sim um desafio ciclópico, descrever em breves pinceladas tanta complexidade, tanta diversidade, mas vamos a ele. Assumidamente, vamos ter de ver a realidade social portuguesa como vemos a Terra numa imagem de Satélite, ou seja, sem pormenores, nem grande rigor, antes com uma apurada e eficaz VISÃO DE CONJUNTO - a qual, muitas vezes, é mesmo o que mais nos falta, no meio de tanta informação e "imagem" parcelar despejadas sobre as nossas mentes, qual enxurrada de dados desconexos e, quantas vezes, descontextualizados e práticamente ininterpretáveis.


«No princípio era o Verbo», assim reza o início da Bíblia. Em Portugal, no "dia inicial, luminoso e limpo" de Sophia, a Sociedade era ainda a tradicional, rural e Católica, ignorante e ascética, honesta e trabalhadeira. E por vezes bastante sofredora. Mas havia, em contrapartida, algo de profundamente seminal e que hoje já não se encontra: a Esperança! Precisamente em tempos melhores. Do que os da Miséria, da Guerra e da Opressão, que foi quem na realidade governou Portugal, durante quase cinquenta anos, até ao 25 Abril de 1974!




Talvez por haver de facto - ou apenas por vagamente pressentir? - essa noção de Esperança, a Nação portuguesa era, paradoxalmente, uma Sociedade relativamente feliz: possuía muita Juventude, bastante Inocência e imensa generosidade! Cantava-se e chorava-se como se ria, ou seja, com Alegria. Depois, como se sabe, foi a inevitável explosão e o consequente terramoto...

O País foi súbitamente despertado e sacudido, de alto a baixo, por uma vaga de Liberdade, de descoberta e de frenesim como não se suspeitava possível e, como seria de prever, aconteceu um pouco de tudo. Mas em concreto e num balanço global, a Sociedade portuguesa redescobriu-se, na Festa inimaginável, re-inventou-se, na Esperança em dias melhores, e reconciliou-se, na Paz reconquistada.

Durante longos e irrepetíveis meses sonhou-se muito, exagerou-se um pouco e ressacou-se o necessário, mas a grande mudança enfim concretizou-se: Portugal readquiriu a sua auto-estima, abraçou, ainda que com atraso, o Progresso Social e a Democracia de matriz europeia e enterrou, de vez, o seu pesado passado colonialista e imperial, sem rupturas graves, nem confrontos sociais assinaláveis.

Reposta a normalidade depois de alguns excessos cometidos, a Sociedade portuguesa olhou de frente o seu Futuro e encetou um novo percurso histórico, desta vez com os olhos na Europa desenvolvida. Passados menos de cinco anos após o 25 de Abril, Portugal era um País livre, independente, democrático, com um Estado de Direito internacionalmente reconhecido e apreciado e com um Povo tido por exemplarmente pacífico, ordeiro e trabalhador.



A grande mudança entretanto operada tornara a Sociedade muito mais igualitária, derrubara ancestrais barreiras sociais e iniciara um processo de dignificação das suas condições de vida, que transformariam por completo a ancestral Sociedade arcaica e rude numa Sociedade mais informada, mais urbana, mais próspera e mais ambiciosa.



À entrada dos anos oitenta, com grande parte dos principais problemas mais graves do País já resolvidos - a Miséria, o Analfabetismo, a Emigração, a intergração dos "Retornados" e dos ex-combatentes no "Ultramar" -, e apesar do reconhecimento das dificuldades do País em termos económicos, a confiança dos portugueses no seu Futuro era ainda muito elevada e o Povo, pode afirmar-se, de um modo geral vivia bastante feliz. Até já tinha orgulho na sua Música popular (o "Rock português"...) e nos seus desportistas (Carlos Lopes e Fernando Mamede, Rosa Mota, a equipes de futebol do Porto e do Benfica e a própria Selecção nacional, que finalmente regressara à alta-roda internacional!).



E o milagre aconteceu com a adesão à mítica Europa: a partir de meados dos anos oitenta, Portugal passa a ser um País em franco "desenvolvimento", sustentado pelas avultadas somas de dinheiro que inundam a Economia nacional a partir dos chamados Fundos Comunitários de adesão! E a Sociedade portuguesa acelera o seu processo de transformação, mas orientado agora num sentido bastante diferente do anterior: partindo de um patamar de maior desafogo e confiança, o brusco e inédito aumento da riqueza nacional depressa induziu fenómenos de maior individualismo, competição, ostentação e desenfreado consumismo, que rápidamente teve consequências perniciosas no modelo de coesão social vigente, a par do crescimento de novas realidades mal avaliadas, que virão a criar novos e difíceis problemas ao País.



No entanto, no auge da orgia dos dinheiros europeus e sem tempo para reflectir sobre o seu Presente, quanto mais sobre o seu Futuro, a Sociedade portuguesa, embriagada com tanta prosperidade fácil, atravessa os anos noventa rejubilando de contentamento e celebrando a sua impante auto-contemplação em cerimoniais festivos, eventos faustosos, obras megalómanas e projecções ilusórias, como a "vitória" da auto-determinação de Timor-Leste ("Loro Sae"), a Ponte Vasco da Gama, a Expo'98 e a preparação do "Euro'2004".






Ao mesmo tempo que se vai expondo a novos fenómenos de "contágio", como a convivência com Estrangeiros, que cada vez mais nos visitam, ou vêm para cá trabalhar ou estudar, a par de um significativo incremento das viagens em férias, ou em trabalho dos portugueses, bem como das relações familiares, nomeadamente conjugais, com Estrangeiros. No fundo, Portugal está perfeitamente integrado não só na Europa e na sua vanguarda - aderindo ao Euro -, como no próprio mundo ocidental e na denominada "globalização", ou "mundialização"!



E é ainda com este estado de espírito, próximo da euforia, que uma Sociedade portuguesa já bastante diversa da dos tempos finais do auto-designado "Estado Novo" entra no Século XXI, isto é, no "Terceiro Milénio"!...



Transportando consigo já os germes de algumas patologias, ainda que sem o saber, por ausência total de reflexão sobre si própria, que começou a escassear por alturas do fim das ilusões ideológicas associadas aos marxismos e aos socialismos, sobretudo com a queda do Muro de Berlim, e do simultâneo triunfo de uma nova cultura urbana e dita pós-moderna, associada ao individualismo, ao hedonismo, ao imediatismo e a um excessivo consumismo.



Em finais do Século XX a Sociedade portuguesa está doente, mas ainda não o sabe, nem o sente...



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